É importante referir que esta enorme onda, amarela e negra, em torno do Fafe, do futebol e de puro bairrismo não se perca ou dílua. Estamos condenados à descida, é verdade. Não aguentaremos um ano num campeonato inferior, para depois regressar à II Liga? Fui para o jogo de ontem convicto de que se não vencessemos, desceríamos... Só um milagre! Não ganhamos há nove jogos e a equipa não produz o futebol desejado. Nem raça há.
Um ano em que todos aprendemos, até os adeptos que se tiveram de adaptar aos novos esquemas de segurança e entrada no Estádio. O futebol que temos hoje em dia, vai muito além das quatro linhas, do jogo jogado, até mesmo das arbitragens, algumas mais polémicas que outras e outras limpas. Desde sócios, adeptos, diretores e jogadores, todos sentimos que estamos à altura da II Liga. Até é mau para o futebol que o Fafe não se encontre neste patamar. Somos só, depois do Porto, Benfica, Sporting, Guimarães, Boavista, Braga, Académica, Famalicão e Leixões, o Clube que mais adeptos leva aos Estádios num concelho com 50.000 habitantes, de gente que não desiste de lutar pelo Clube.
Um breve resumo da época, que começou torta com as obras no Estádio, que iniciaram em outubro, quando a subida foi em junho, onde os treinos eram em Pevidém, Taipas, Silvares e muito depois Fafe. Os jogos em casa, em Felgueiras e Amarante e muito depois em Fafe. Muita saturação que ditou a despedida do nosso acarinhado Agostinho, que foi o treinador da subida mas, quanto a mim, mal despedido, sequer lhe foi dada a oportunidade que merecia, depois de tudo que fez pelo Fafe e falar só da subida é muito pouco, porque também sofreu da crise que estava instalada em 2013. Ainda assim e passados 3 anos disso, fizemos o feito de subir. Respeito as opções, não concordando com elas, como é o caso. Aqui entra a parte do futebol profissional, que não entendemos, quem está cá fora. Fomos buscar um treinador desconhecido de todos, sem provas dadas em nenhum lado, entraram jogadores, vindos de muitos lados, alguns sequer a esta data, foram convocados. Em janeiro, tudo mudou, tudo alterou e apesar da desconfiança nestas apostas, porque acima de tudo e de todos há-de estar sempre o Fafe, os adeptos apoiaram e ajudaram sempre muito mais os profissionais do Fafe, do que ao contrário.
Caídos neste lugar mas não rendidos, o mais importante é aprendermos todos com os erros e acreditar num futuro brilhante para este Clube que tanto amamos!
Viva o Fafe ontem, viva o Fafe hoje, viva o amanhã e viva o Fafe sempre!
