Opinião de Jorge Adélio Costa publicada no jornal Notícias de Fafe:
As próximas eleições autárquicas, agendadas para o primeiro dia de outubro, estão a marcar a agenda política em Fafe, pelas piores razões. Podemos dizer que está aberto o mercado de transferências de pessoas e valores para tomar conta do poder no nosso concelho.
A guerrilha entre as demais candidaturas, com particular destaque para o interior do partido socialista, em conluio com os independentes em nada contribuem para a dignidade da política e do ato eleitoral que se aproxima.
Tudo isto acontece porque uns não tiveram direito a escolher o seu candidato, outros porque escolheram demias e querem usar o partido para ajustar contas com o passado e outros, finalmente, porque não tendo partido querem chegar ao poder e garantir o seu "lugarzinho". Estão a montar uma geringonça à moda de Fafe, à revelia da vontade dos eleitores!
Também não posso deixar de exprimir a minha estupefação quando vejo o líder do movimento independente aparecer agora em público -, depois de tudo o que disse em 2013 - disponível para aceitar ser vereador com pelouros no município. Para bom entendedor meia palavra basta e, como diz o povo, quando não os consegues vencer junta-te a eles. E os fafenses? Alguém está a pensar neles e num projeto para o concelho?
Perante este cenário é importante explicar que o PSD já escolheu o seu candidato, com serenidade e de forma consensual. Eugénio Marinho, advogado com provas dadas na política nacional e local, vai ser o nosso candidato. Optamos por uma personalidade com um percurso profissional e político reconhecido, que esteve ao serviço de Fafe como vereador ao longo dos últimos três anos e deixou obra feita. Conhece os problemas do concelho e tem um projeto para desenvolver Fafe.
Este é um candidato que conta com uma plataforma alargada de apoio e que pode claramente contribuir para unir os fafenses. Com Eugénio Marinho Marinho na Câmara não haverá um poder bicéfalo, nem guerras de vaidade e protagonismo.
É uma pessoa frontal, conhecida em Fafe, e que só tem uma cara.
Em breve iremos apresentar a sua candidatura com orgulho e confiança num futuro melhor.
Consigo Fizemos a Diferença
"A política sem risco é uma chatice e sem ética uma veronha"
Francisco Sá Carneiro
Opinião de Carlos Rui Abreu, director-adjunto do jornal Notícias de Fafe:
O Pai Natal promete trazer novidades para a política fafense colocar no sapatinho.
A cerca de dez meses das autárquicas ainda nenhum partido ou movimento apresentou os nomes para a corrida que se perspectiva histórica. Pelo que vamos noticiando ao longo das últimas semanas e pelo que, sem que o tenhamos publicado porque não embarcamos em rumores, se ouve nos bastidores do poder o cenário em Fafe pode ter vários contornos.
Raul Cunha pode ser, afinal, aquilo que já não parecia ser: recandidato. Dos Independentes por Fafe perfila-se a candidatura de Parcídio Summavielle, a fazer fé no último artigo publicado pelo seu correligionário Alberto Alves na edição da semana passada deste semanário. No PSD a única certeza parece ser o facto de Eugénio Marinho estar fora das cogitações para voltar a protagonizar a candidatura.
Por isso o exercício de perspectivar o que vai acontecer não é fácil para ninguém, nem mesmo para os militantes dos partidos que, com outras ferramentas para a análise, não arriscam um vaticínio.
As próximas semanas poderão trazer novidades e o Natal vai ser mesmo período de natalidade, vão aparecer à luz do dia os nomes para a corrida.
Será nessa altura que se vai perceber a que ponto chegou a política-partidária. A que nível chega o jogo de bastidores, as jogadas por baixo da mesa à procura de um trunfo que possa vir a ser decisivo para a vitória final.
Mas a minha alusão aos jogos de cartas rapidamente passa para outro patamar. Que poderia ser muito bem o do desporto, nomeadamente a ginástica onde as piruetas são proezas extraordinárias, ou até para o patamar da arte circense, onde o contorcionismo é aplaudido de pé.
As declarações dos últimos anos, meses, semanas e até dias não serão apagadas da memória qua as páginas deste jornal guardam mas quem as proferiu, da direita à esquerda, poderá ter de engolir sapos gigantes ou, então, dedicar-se à tal ginástica ou circo.
Este é o período do bluff, do esconde-esconde, porque ninguém que dar o primeiro passo, ninguém quer ousar falhar por precipitação.
Mas quando o tiro de partida for dado, em definitivo, os fafenses poderão ter a certeza que irão estar a presenciar uma corrida autárquica como nunca houve em Fafe.
Cá estaremos para continuar a ajudar a escrever a nossa história colectiva. Só esperamos pela definição dos protagonistas.