Opinião de Américo Castro, membro da Comissão Política Concelhia do PCP, no Notícias de Fafe:
O eco das palavras do Sr. Presidente da Câmara Municipal (de que um povo que não preserva a sua história não é um bom povo), proferidas na apresentação do controverso livro O Rosto da Verdade - A Vida e obra do Prof. Manoel Cardoso, apresentado a 9 de Janeiro, apresentação envolta em alguma polémica, com críticas a individualidades com responsabilidade autárquica e PS local presentes na sala, como como o seu co-autor Dr. Coimbra, leva-me a fazer alguns considerandos sobre o mesmo.
1º O livro tem o valor que cada um, do seu ponto de vista político ou ideológico, lhe queira conferir.
2º É inegável que o Prof. Manuel Cardoso foi uma personalidade marcante do concelho de Fafe.
3º Tem todo o direito a família querer homenagear o seu pai.
4º Aos amigos da família do homenageado que estiveram presentes não há, portanto, nada a apontar. A presença do Sr. Dr. Raúl Cunha, na qualidade de Presidente da Câmara, já é criticável: abriu um precedente que dificilmente cumprirá no futuro e, como diz, um povo que não preserva a história não é bom... Mas também não é bom adulterar a história! Não se sabe em que qualidade lá estiveram os Srs. Vereadores e o Sr. Presidente da Assembleia Municipal!...
5º O Dr. Coimbra, na minha modesta opinião, cometeu um grave erro, ao basear-se, em grande parte, nos testemunhos do Jornal Povo de Fafe, propriedade do Prof. Manuel Cardoso, e nas atas da Câmara presidida pelo mesmo. Se consultasse outros documentos e fontes o livro seria mais completo na história da obra.
Imagens: FafeTV
Foto: Manuel Meira - CMF