A decisão do Ministério da Economia de retirar o apoio financeiro ao WRC Rally de Portugal é exclusivamente política e não tem qualquer fundamento técnico ou científico. António Pires de Lima, ministro da Economia, Adolfo Mesquita Nunes, secretário de Estado do Turismo e Joao Cotrim Figueiredo, presidente do Turismo Portugal, todos do CDS, tomaram uma decisão que lesa o País em vários milhões de euros.
O WRC Rally de Portugal constitui o único grande evento passível de avaliação objetiva dos impactos na economia do turismo nacional, fruto da avaliação externa que desde 2007 a Universidade do Algarve realiza, inquirindo até hoje um total de 8.761 adeptos, cujos dados são organizados e processados através de metodologias publicadas a nível científico internacional.
Os dados estimados demonstram que 1,00€ de apoio público no WRC Rally de Portugal produz um retorno comprovado de 54,42€ na economia através dos gastos efetuados pelos turistas.
Não deixa de ser uma enorme coincidência no momento em que é decidido levar finalmente o WRC Rally de Portugal para o Norte, o Ministério da Economia anuncie a sua retirada de apoio.
Mais ainda quando todas as previsões apontam para que o impacto económico provocado pelo WRC Rally de Portugal no Norte venha a ser muito superior do que nas edições anteriores.
Declarações do Presidente da Câmara, Raúl Cunha, à LUSA:
O município de Fafe só pode apoiar esta tomada de posição do ACP. O apoio que o Governo dava ao ACP era justo, merecido e com um elevado retorno económico, que deveria ter sido potenciado ao trazer o rali para o Norte. A posição do Turismo de Portugal é um verdadeiro escândalo, até pelos timings adotados.
Excertos de um comunicado da Juventude Socialista de Fafe:
A JS Fafe reprova as diversas declarações que têm vindo a público pelos representantes do “Turismo de Portugal” e não se revê nesta estratégia, que decidem implementar de forma repentina com a passagem do “Rali de Portugal 2015” para o norte do país, que certamente está descontextualizada da realidade do país e dos interesses das diversas regiões de Portugal na promoção das suas potencialidades e atracções.
O “Turismo de Portugal” tem como obrigação apoiar e estar ao lado das regiões e assim dar-lhes os meios e ferramentas para que com sucesso consigam promover as suas localidades e cativar turistas para um desenvolvimento homogéneo e igualitário para todas as regiões. É reprovável que um organismo público tente abafar as regiões mais periféricas e interiores do nosso país, em benefício de outros interesses centralizados e monopolizados.
Tendo em conta, todas as envolventes do Rali de Portugal 2015, a JS Fafe não tem dúvidas que o retorno será alcançado, se não for a curto prazo será certamente a longo prazo.
Os jovens socialistas de Fafe invocam assim que as entidades competentes reconsiderem as suas decisões e honrem os seus compromissos, não desiludindo aqueles que esperam que tenham um papel activo e de incentivo para o crescimento do Turismo em Portugal, que passa sem dúvida pelo apoio e estímulo também ao “Rali de Portugal 2015”.