Opinião de José Ribeiro, candidato pelo Fafe Sempre à Assembleia Municipal de Fafe, publicada no jornal Expresso de Fafe:
Aprendi, como os meus pais a respeitar, para ser respeitado; a ser sério e não querer o que não é meu; a ser educado na relação com os outros; a ser humilde; a ser honesto; a ser grato e a honrar a palavra. Aprendi, com os meus pais e pelo seu exemplo, a respeitar os meus compromissos, a não mentir, a falar verdade, a ter palavra mais que dinheiro ou vaidades. Aprendi também por eles, a não atropelar os outros, a esperar pela minha vez, a ter princípios e valores nas relações humanas, a não fingir, a ser leal e sincero e a ser Homem.
Recebi do meu pai o gosto de trabalhar pelo bem comum. A doutrina cristã que me impuseram, mas a quem agradeço o contributo na minha formação, ajudou muito a consolidar esses meus princípios de vida.
A minha chegada à vida politica, por convite do PS local em 1982, (depois de outras solicitações que recusei), não abalou em nada as minhas convicções, os meus valores e princípios, talvez até os tenhas reforçado e acrescentado mais altruísmo, mais generosidade, solidariedade e dureza de caracter. Aprendi com as desilusões dos cargos que exerci e da vida, que os egoísmos, os interesses, a hipocrisia, a falsidade e a ingratidão subvertem as proclamações dos valores e dos princípios e tornam as pessoas “irracionais pensantes”, mentirosos compulsivos, vendilhões do templo, verdadeiros maquiavéis.
Fui convidado pelo Dr. Antero Barbosa para candidato nestas eleições a Presidente
da Assembleia Municipal. Não queria, nem pensei alguma vez sê-lo. Mas fiquei muito honrado pelo convite e aceitei. Não foi preciso pedirem-me. Nunca aceitei que me pedissem para desempenhar qualquer cargo ou lugar. Sempre que fui convidado, aceitei ou não, mas nunca, nunca rejeitei o convite de alguém para depois aceitar “a pedido de várias famílias” ou de quaisquer notáveis. Sempre honrei a minha palavra perante cada interlocutor. Aceitei porque, verdadeiramente, não podia rejeitar o convite, porque me sinto obrigado a retribuir igual gesto do Dr. Antero Barbosa ao aceitar o meu convite para ser candidato à Camara; porque me sinto capaz, com competências e experiencia bastante para fazer o papel de arbitro que o lugar pede; porque enquanto Presidente do PS eleito (não nomeado), sinto o dever de o defender (PS) da afronta, da tentativa de humilhação, da ofensa que Lisboa e os seus mandatários de Fafe nos querem fazer, aos socialistas e aos Fafenses.
Sou candidato para defender os valores e princípios da verdade, da lealdade, da gratidão e da solidariedade. Sou candidato para defender a democracia, a independência e a autonomia de Fafe e dos Fafenses contra as nomeações de Lisboa. Lisboa nomeou os seus candidatos e retirou-nos o símbolo, obrigando-nos a uma candidatura Independente. FAFE SEMPRE. Por isso, digo também que EM FAFE MANDAM OS FAFENSES. Confio muito, sempre confiei muito no sentido de verdade e de justiça dos Fafenses. Os Fafenses sempre confiaram muito em mim e julgo que lhes dei e continuo a dar razões para manterem essa sua confiança.
Hoje, quando faço esta crónica, passam 41 anos da morte trágica do meu pai. Aqui honro singelamente a sua memória, presto tributo ao seu exemplo de vida inspirador a favor do bem comum e sobre o seu túmulo deposito uma bonita rosa vermelha que há dias me entregaram como símbolo da nossa luta.
FAFE SEMPRE