Opinião de Clara Marques Mendes publicada no jornal Notícias de Fafe:
A recente eleição do antigo Presidente da Câmara, José Ribeiro, para líder do PS em Fafe é um facto político incontornável. Não me cabe, por razões éticas, estar a imuscuir-me na vida interna de outros partidos. Nunca o fiz e nunca o farei. Mas, para além da discussão interna dessa eleição - a qual só diz respeito aos militantes socialistas - há uma outra dimensão que, essa sim, já tem a ver com todos os fafenses, sejam ou não sejam socialistas. É que, objectivamente falando, a leição de José Ribeiro para líder do PS tem, desde logo, uma consequência óbvia - ela representa um ataque ao actual Presidente da Câmara, Raul Cunha, e à maioria que o acompanha, onde se incluem os vereadores sociais-democratas. E a nova prova provada que assim é está no facto de Raul Cunha, ele próprio, se ter considerado "fora da corrida", a partir do momento em que José Ribeiro passasse a liderar o PS local, como veio a acontecer.
E este é que é o facto político relevante. A eleição da nova direcção do PS local, sendo um ataque à actual maioria municipal, acaba a transformar-se num comportamento completamente injusto. Injusto para o novo ciclo que se iniciou em Fafe com as últimas eleições autárquicas e que tem vindo a registar o agrado dos fafenses. Tem havido obra importante para o concelho. O parque da cidade viu finalmente a luz do dia, o plano director municipal foi aprovado, o investimento nas freguesias foi substancialmente reforçado, a aposta nas infraestruturas essenciais, como é o caso do reforço da iluminação pública, designadamente a reposição de iluminação pública nas freguesias no período da da noite, tudo isto ganhou nova importância e um novo significado.
E todo este capital de realizações, essencial para fazer de Fafe um concelho mais competitivo, tem tuido um protagonismo decisivo de novas pessoas e nvos autarcas, onde se incluem, de forma especial, os vereadores do PSD, a quem elogio, sem cegueira partidária, pois todos reconhecem que têm sabido mostar competência, dedicação e inegável espírito de serviço público.
É todo um ciclo novo, de bom exemplo de servir didicadamente o concelho, de fazer obra, de proximidade com os fafenses, de respostas para os seus anseios, que nós não queremos ver interrompido.
Mas isso, com o regresso ao passado, corre o risco de ficar comprometido.
E nós não queremos!
Por isso, o PSD continuará a ser o partido da obra, da proximidade, do empenho e da dedicação ao serviço público, com quem os fafenses poderão sempre contar!