Opinião de Parcídio Summavielle em entrevista à FafeTV:
Há dois erros e duas atitudes graves. Uma primeira atitude do governo que, acabando com determinadas valências, sabia que estava a diminuir o valor daquela unidade de saúde para depois a entregar à Misericórdia. Eu não tenho dúvidas que isto foi calculado. É a desvalorização de uma empresa para depois a vender barata. O hospital, quanto a mim, é a mesma coisa.
Outra atitude gravosa é o envolvimento que a Câmara teve nisto. Houve a promessa de um hospital novo. Eu julgo que a Câmara de então não avaliou corretamente a situação que lhe era posta à frente. Obviamente que ninguém de bom senso, muito menos um autarca, devia esperar uma promessa de um hospital quando estamos a 8 minutos de um hospital onde há tudo, que é o hospital de Guimarães.
O que devia ter sido feito era aceitar como inevitável uma transferência para a Misericórdia mas exigir do governo que desse verbas para melhorar o edifício e se comprometesse a reinstalar aquelas valências que são absolutamente fundamentais.
Quando me apresentaram a maquete do Parque da Cidade eu achei lindíssimo. Agora, quando se fez o corte das árvores no terreno e se começou a ter uma ideia do que era a área verdadeira do terreno, eu nessa altura vi logo que não cabiam lá aquelas coisas todas.
Aquilo que me indigna é a humilhação que fizeram a um cidadão que ainda não foi condenado pelo tribunal. É uma humulhiação para um homem que representou o país durante anos. A atitude do Dr. Mário Soares encheu-me de alegria. Acho que tem de haver mais atitudes destas para demonstrar a esses senhores Procuradores que eles não são os donos deste mundo. Montou-se um circo. É uma atitude que não é admissível. O Eng. Sócrates politicamente acabou.