Opinião de Raul Rebelo Cunha no jornal Notícias de Fafe:
Dez anos depois o Rally de Portugal regressou a casa e realizou-se uma vez mais no Norte, decorrendo em Fafe algumas das mais aguardadas classificativas da prova.
O impacto na economia regional e local é relevante, não só devido à visita de centenas de milhares de adeptos da modalidade, mas também pelo efeito das imagens espetaculares que passam na televisão, pelo mundo inteiro, e que, esperemos, contribuam para que a nossa região receba mais visitantes nos próximos tempos.
Mas, naturalmente, as coisas não acontecem por acaso, e muito menos por sorte. Foi preciso trabalho e investimento para tornar possível o regresso a casa do Rally de Portugal.
Desde o trabalho conjunto com o ACP que permitiu a organização de provas de demonstração, de 2012 a 2014, sempre com mais de 100.000 espectadores, e que decorreram num ambiente de boa organização e em segurança. Estas provas exigiram um investimento superior a 600.000 € (as três edições), mas foi a visão dos Executivos Municipais, do anterior e do atual, de que este investimento teria retorno económico, que permitiu o regresso do Rally de Portugal.
Mais difícil de comentar é a decisão do Governo de retirar o apoio financeiro que o Turismo de Portugal habitualmente concedia à prova no Norte. Não fossem os autarcas da região a mobilizar esforços e a envolverem no processo a CCDR Norte e o Turismo Porto & Norte, e não teríamos mesmo tido Rally de Portugal.