Opinião de Luís Carvalho, Vogal da Comissão e Director de Comunicação PSD Fafe, publicada no jornal Povo de Fafe:
Foram recentemente anunciadas, com pompa e circunstância, 255 medidas para facilitar a vida dos portugueses pelo governo socialista.
E a Câmara Municipal da Fafe? Onde fica no meio desta revolução? Nem a meio caminho... o que interessaria aos fafenses seria uma máquina desmaterializada, onde se pudesse respirar transparência na sua actuação, ao mesmo tempo que se assegurasse tramitações eficientes dos pedidos e processos.
Chegou-se ao cúmulo de pedir custas no acesso a informação devida aos membros da Assembleia Municipal, mas mais relevante e preocupante continua a ser o funcionamento no atendimento de simples pedidos dos munícipes nos serviços camarários. De entre estes destacaria um modus operandi com mais de 20 anos reservado aos processos de urbanismo, que atrofia os serviços e se constitui, em si mesmo, como um entrave ao desenvolvimento de Fafe.
Como explicar que quase todos os processos em Tribunais, Finanças, receitas médicas do Serviço Nacional de Saúde, entre inúmeros outros, possam estar automaticamente disponíveis à distância de um clique, mas que na Câmara de Fafe ainda se tropece em amontoados de papéis. Problemas de entrada e no acesso aos processos, dificuldades de vária ordem que não deverão certamente ser assacadas aos funcionários que trabalham com as ferramentas que têm, mas à inércia na implementação de medidas há muito devidas.
Será que a dimensão da nossa Câmara é de tal ordem que ainda não se descobriu como desmaterializar estes processos? Será que não existem financiamentos para suportar este processo de modernização?
Tenho no entanto uma convicção: após conclusão com sucesso da aprovação do novo PDM, se o Dr. Eugénio Marinho tivesse essa dimensão de actuação no seu pelouro já não estaríamos neste estado retrógrado.
Enquanto isso os serviços camarários continuam a requerer a nossa presença física e grande parte da nossa paciência. Um Simplex para Fafe por favor!