BLOG MONTELONGO
Olhares para Fafe
31
Out 15

Opinião de Carlos Rui Abreu, director-adjunto do jornal Notícias de Fafe:

 

Na próxima segunda-feira, dia dois de Novembro, irá completar-se o segundo ano do mandato do actual executivo municipal. Um cenário novo em Fafe com uma liderança de Raul Cunha que teve de negociar uma coligação com o PSD para poder ter maioria. Foram dois anos de cedências de parte a parte, com os social-democratas, em minoria, a ter de "engolir alguns sapos" e aprovar medidas e projectos que vinham combatendo no passado. Também o PS teve de se adaptar a uma nova forma de governar, entregando pelouros politicamente relevantes a Eugénio Marinho e José Baptista.

O que transparece para o exterior é que, com mais ou menos engulhos nas relações políticas, com maior ou menor 'ciúme' do que vai fazendo este ou aquele vereador, Raul Cunha tem tido a capacidade de gerir a autarquia sem grandes sobressaltos.

Uma primeira metade de mandato marcada por uma forte máquina de propaganda mas não só. Ninguém poderá retirar o mérito que Raul Cunha e seus pares, todos, tiveram na resolução de alguns problemas que tinham sido herdados do executivo anterior e na implementação de políticas e iniciativas de inegável mérito e importantes para o concelho. Desde logo, houve a capacidade de concluir o PDM, resolvendo também o imbróglio jurídico que se poderia tornar o prédio da Sacor, devolveu-se aos fafenses o até então soturno Parque da Cidade, apadrinhou o regresso do Rally de Portugal ao Norte, criou o tão necessário Festival da Vitela Assada à Moda de Fafe, desbloqueou a construção do quartel da GNR, tem tentando modernizar os serviços autárquicos, entre outras iniciativas. A Câmara manteve a aposta que já vinha do passado nos apoios sociais, na ajuda às famílias carenciadas através de vários programas, tentando chegar a todos os sectores da sociedade.

Outras houve em que a aposta foi forte mas que no meu entender não trazem ao concelho o retorno desejado e servem só para 'alimentar' a tal máquina de propaganda que referi.

Raul Cunha 'atravessou-se' pela instalação do Contac Center da Altice e na criação de 350 postos de trabalho. Esse processo está em marcha e se não houver nenhum problema nos próximos cinco anos nas relações contratuais, esta pode muito bem ser a medida que marcará mais directamente este mandato autárquico, ao nível do impacto diário na vida das pessoas.

Mas o pior, penso eu, está para vir. Este clima de paz que se vive no seio do executivo vai entrar no período decisivo. Vai ser testado nesta segunda parte do mandato, que vertiginosamente se encaminhará para o final. As eleições estão já aí, em 2017.

Será curioso perceber até quando se vai manter a coligação. Aguentará até final? Creio que não e a única dúvida que me assola é quem ficará com o ónus de 'bater com a porta', quem ficará com o rótulo de ter criado a cisão? Sim, será apenas de cisão que se vai falar porque não haverá instabilidade governativa e o executivo municipal não vai 'cair'. Parcídio Summavielle, que não tem levantado grandes ondas e tem, inclusive, passado ao lado da discussão de alguns assuntos pertinentes na gestão da autarquia será o suporte de Raul Cunha até final.

Estou no campo da especulação mas é o que sinto neste momento.

O tempo julgará estas ideias e cá estou para ouvir a sentença.

 

 

publicado por blogmontelongo às 18:00
15
Ago 15

Opinião de Alexandre Leite, publicada no seu Facebook:

 

Foi amor à primeira vista. Raul viu Altice, Altice piscou o olho a Raul. Trocaram juras de amor eterno. Altice quer ir viver com Raul. Raul já vai pedir dinheiro emprestado ao banco para fazer uma casa. Das grandes, que ela promete muitos filhos. Os amigos dizem a Raul que tenha cuidado com as promessas e com o contrato de casamento, que veja bem o acordo pré-nupcial. Raul diz que vai correr tudo bem, que ela é de confiança e que vão ser felizes para sempre. Primeiro pensa fazer a casa no Parque da Cidade, mas entretanto encontra um cantinho melhor ao lado da Indáqua, não vá a obra meter água. Ninguém quer estragar o clima de romance. Mas a maioria do povo desconfia das intenções dessa rapariga. Altice, tu de quem és? De onde vens? Parece que tem sotaque francês, mas pelos vistos, para não pagar tantos impostos, tem residência no Luxemburgo. Gente fina é outra coisa. Mas Altice, apesar do namoro, quer que Raul case antes com uma amiga dela, a Randstad. Raul não se importa, que venha a holandesa que é tão boa como a francesa do Luxemburgo. O que interessa é que dê muitos filhos. Do banco já ligaram a marcar uma reunião com urgência para tratar dos papéis do empréstimo. Raul diz a todos que teve muita sorte em encontrar uma rapariga tão prometedora. E lá isso, prometedora é ela. Ainda há poucos meses namorou também com um rapaz de Vieira do Minho. Ele também disse que tinha muita sorte. Disse que foi por intermédio de um vizinho emigrado na França que se conheceram. E o de Vieira lá fez também obras numa casa velha que lá tinha. Não foi de raiz mas ainda gastou uns milhares para a instalar. Entretanto a dupla de amigas, a Alitce e a Randstad, também conseguiram encantar um rapazito da Guarda e um outro de Castelo Branco. Os dois tinham casas usadas, de antigos namoros, onde fizeram obras e lhes oferecem estadia. Parece que elas são daquelas que namoram com quem lhe oferecer alguma coisa. Pode ser formação profissional, podem ser pavilhões com rendas baixas, podem ser edifícios novos. Elas não são esquisitas. E os pobres dos rapazes lá vão iludidos com a promessa de muitos filhos, e com as juras de amor eterno, e lá vão abrindo os cordões à bolsa. Aqui o nosso Raul até é o que lhe vai fazer a melhor casa. Nada de casas velhas. Faz-se uma novinha e não se fala mais nisso. Este amor é para sempre… até ver. E se daqui a uns anos a querida Randstad lhe pede mais uns sofás e uma televisão nova? Paga Raul, se não ela vai embora! E o Raul, que remédio tem, se enterrou dinheiro na casa, não é agora por causa dos sofás que vai deixar fugir a rapariga. E ela lá se vai aproveitando. Relações modernas, dirão alguns.

A Altice e a Randstad já tiveram namoros na França. Estão a abandonar os filhos que lá têm e vêm à procura de casório em Portugal. Dizem que escolheram Portugal porque há muita gente que fala francês. Um pouco estranho para quem vem de França… então não havia lá quem falasse francês? Será que a ideia é conseguir aqui uma vida mais barata e assim juntar mais uns milhares no final do mês?
Quem sai de França por não encontrar pessoas suficientes que falem francês e as vem procurar em Fafe, também se pode lembrar de ir procurar namoro que lhe ofereça mais qualquer coisa para além de instalações gratuitas. Já dá para ver o estilo. Faz attention Raul.

publicado por blogmontelongo às 18:00
12
Ago 15

Opinião de Ricardo Gonçalves no blog Por Outro Lado:

 

Até há pouco tempo perfeitamente desconhecida da esmagadora maioria dos portugueses, esta empresa emergiu desse anonimato com a compra da PT Portugal e figura, agora, como a grande esperança para a recuperação do emprego em Fafe e Vieira do Minho (terra natal de um dos seus grandes accionistas).

Para Fafe ou qualquer outra localidade, a criação de 300 postos de trabalho, sendo crível que não sejam todos numa fase inicial, funcionou como um gatilho que fez disparar a atenção de todos nós. É um projecto prioritário e deve ser encarado como tal.

No entanto, nada justifica a trapalhada em que o município de se enredou acerca da localização deste projecto. Decisões precipitadas raramente são acertadas e as correcções posteriores são sujeitas a custos políticos. Sublinho que concordo com a agilização da decisão mas, ainda assim, a aprovação da contracção de um empréstimo para a construção de um edifício num local para, dias mais tarde, ser indicado outro local sugere que o assunto não foi muito ponderado.

Sem retirar qualquer réstia de mérito ao projecto e seu "apadrinhamento" pelo executivo municipal, acredito que este merecia melhor ponderação. Desde logo, a localização porque não me parece que a melhor solução seja qualquer uma das localizações indicadas. O parque da cidade porque a vocação daquele espaço deverá ser outra e os terrenos contíguos à antiga estação de caminho de ferro porque irá criar uma pressão muito grande no centro urbano por causa dos movimento dessas 300 pessoas.

Esta seria uma oportunidade para tentar incentivar o uso do transporte público através da instalação da empresa na área próxima à central de camionagem. O chamado edifício da "Sacor" ou mesmo aproveitar a oportunidade para resolver o problema do mercado municipal eram ideias que mereciam ponderação, na minha opinião. Tratar-se-ia de promover o uso de transporte público mas essa não foi a opção. Respeito, como é óbvio, mas lamento que não tenha havido maior reflexão.

 Importante é que a empresa se instale em Fafe, que o projecto seja a longo termo (apesar de, ao que sei, só ser garantido por 5 anos) e que seja a mais-valia que aparenta ser. Todos ficaremos a ganhar com isso e não apenas aqueles que lá conseguirem o seu emprego.

publicado por blogmontelongo às 18:00
08
Ago 15

Cartoon de Roger no Notícias de Fafe:

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publicado por blogmontelongo às 18:00
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