Opinião de Ricardo Gonçalves publcada no seu blog:
Opinião de Ricardo Gonçalves publcada no seu blog:
Entrevista a Parcídio Summavielle, Independentes por Fafe, no jornal Povo de Fafe:
Povo de Fafe: O Presidente a Comissão Política do PSD concelhio acusou-o de ter faltado à palavra, já que segundo ele tinha um acordo com o PSD para as próximas autárquicas. Como é que reage a essa acusação?
Parcídio Summavielle: O que eu penso é que o PSD ao fazer legitimamente o acordo pós-eleitoral em 2013 com o PS colocou-se numa posição muito difícil da qual nunca seria fácil sair. E acredito que tenham visto na negociação com os "Independentes por Fafe", uma boa solução. Eu já o disse, que houve conversas com toda a gente e toda a gente conversou com toda a gente. Na Assembleia Deliberativa do Movimento, que é composta por cerca de 60 pessoas de todo o concelho, foram analisados vários cenários e foi uma decisão tomada por unanimidade no sentido de se fazer um acordo o Dr. Raul Cunha, actual Presidente da Câmara.
PF: Então e o acordo com o PS já não era possível?
PS: Com a candidatura do Dr. Raul Cunha seria sempre muito difícil qualquer acordo formal com o PSD. Por isso mesmo, é que não foi em momento algum fechado ou formalizado qualquer acordo com o PSD.
PF: O Senhor Dr. na Conferência de Imprensa em que se comprometeu a integrar a Lista do PS liderada pelo Dr. Raul Cunha disse que a apresentação conjunta pelos dois do novo Projecto "era um dia histórico para Fafe". O que quis dizer com essa bombástica frase?
PS: Eu considerei um dia e uma data histórica pela capacidade que os "Independentes por Fafe" tiveram em procurar uma solução, que pudesse finalmente pacificar o ambiente político concelhio, aproveitando para salientar o papel, extraordinariamente importante que o Dr. Raul Cunha teve ao longo deste mandato na obtenção dos maiores consensos conhecidos que inclusivamente permitiram resolver muitos problemas pendentes do passado. Eles foram os da Sacor, NaturFafe, Urbanização José Saramago, Parque Municipal de Desportos, Terrenos da Biblioteca, Terrenos da Escola de Arões, Novo Posto da GNR e o compromisso da REFER.
PF: O Senhor Dr. Parcídio está zangado com alguns desses líderes políticos que o confrontaram?
PS: Sinceramente não estou. Eu entendo que alguns desses líderes políticos tinham de fazer o seu próprio jogo político. Apenas lamento que às vezes não consigam resistir ao ataque pessoal, no qual não me revejo.
PF: Com essa nova Aliança com o Dr. Raul Cunha, diga-nos por favor: volta ao PS, seu partido de sempre? E nesse caso extingue-se o Movimento "Independentes por Fafe"?
PS: Eu penso que essa é uma hipótese que não está em cima da mesa porque, para além de tudo o mais, o Partido Socialista concelhio tem muitas questões internas por resolver nas quais não posso, nem me devo imiscuir.
PF: Qual vai ser a estratégia da Aliança com o PS?
PS: Em primeiro lugar, temos de assinar o acordo, já em breve, que consubstancia o entendimento a que chegámos. Depois é preciso que o PS clarifique o seu posicionamento localmente. A estratégia passa pela concretização de listas conjuntas à Câmara, Assembleia Municipal e Assembleias de Freguesia.
PF: E qual o seu maior desejo para as próximas Autárquicas?
PS: Como já disse sou apenas um apoiante indefectível do Dr. Raul Cunha. O meu maior desejo é vê-lo eleito Presidente da Câmara e estar à altura de o auxiliar a fazer um mandato que cumpra o nosso programa e dê um novo alento e esperança aos fafenses.
Opinião de Jorge Costa, Presidente do PSD Fafe, em entrevista na FafeTV:
Nós quisemos implementar uma nova energia dentro do partido, dentro destas quatro paredes, e também uma nova energia junto da população, na forma como nós transmitimos as nossas ideias e também na forma como nós nos aproximamos das pessoas. Passados que estão quase estes 2 anos posso dizer, com muita segurança, que conseguimos implementar essa nova energia no PSD de Fafe.
Eu acho que, de facto, consegui reunir um conjunto de pessoas que demonstraram uma disponibilidade muito forte em fazer algo diferente pelo nosso concelho e, necessariamente, pelo PSD também. Foi essa energia, essa dinâmica e esse querer dessas mulheres e destes homens que se juntaram ao projecto que na minha opinião, fizeram com que muitos outros, que estavam afastados do PSD, se viessem juntando.
Nós focamo-nos, em primeira instância, em organizar o partido, nomeadamente em aumentar a filiação, refiliar alguns dos militantes que ao longo do tempo tinham perdido essa relação e depois, e esta foi a nossa prioridade, trabalhar e atacar as freguesias. Posso dizer hoje com segurança que o PSD e as pessoas que rodeiam o PSD conseguiram implementar, num grande número de freguesias, grupos de trabalho que poderiam com enorme facilidade ser candidatos às Juntas de Freguesia, se assim o entendêssemos. Estamos claramente mais organizados e preparados para os desafios que se auguram apresentar no curto prazo.
Foram umas eleições autárquicas muito disputadas, com 3 candidatos muito fortes. Quando o tema da coligação surgiu em cima da mesa, quer eu, quer muitos militantes do PSD e a população em geral, sentiram com alguma estranheza a apresentação desta coligação. O PSD assimilou os resultados que os fafenses lhe quiserem atribuir, assumiu a sua responsabilidade e disponibilizou-se para participar num projecto que é liderado pelo Dr. Raul Cunha. Parece-me que as coisas funcionaram com bastante estabilidade. É uma coligação que é contra-natura mas que tinha de existir para salvaguardar os interesses e a exequibilidade dos projectos que Fafe tinha, que eram muitos. Se entrássemos aqui numa quezília política púnhamos em segundo lugar aquilo que seria o interesse de Fafe, em prol dos interesses partidários.
Nos últimos 3 actos eleitorais, em Fafe verificou-se uma situação nova. O PSD de Fafe conseguiu somar mais que aquilo que somamos a nível nacional. Isto tem de trazer para os dirigentes políticos do PSD em Fafe uma responsabilidade acrescida. No próximo acto eleitoral, as pessoas que assumirem esta candidatura terão a responsabilidade de demonstrarem aos fafenses aquilo por que são melhores. E nesta medida, a oportunidade de estarmos na Câmara Municipal, ao fim de 33 anos, permite que tenhamos um veículo de demonstração para as pessoas de que efectivamente nós temos capacidade de trabalho, temos ideias que são inovadoras, que temos ideias que permitem com que Fafe progrida.
Estão reunidos todos os ingredientes para nós, com muita dedicação, com muita humildade, lutarmos para podermos aspirar a governar nos próximos 4 anos a Câmara Municipal de Fafe. Eu acho que hoje é um objectivo muito realista.
Seria muito estranho que o nosso líder na vereação do executivo da autarquia não se apresentasse no próximo acto eleitoral.